Mais uma vez e para que não aconteça a morte da memória, evoco a obra de um educador de nome Korczak (pseudônimo de Henryk Goldszmit). Fixai bem o nome deste insigne pedagogo, médico, pediatra, escritor, ativista social e oficial do exército polaco. Foi precursor de iniciativas em prol dos direitos da criança. No seu diário e no clássico “Como Amar Uma Criança”, dizia-nos que “nosso mais forte elo com a vida é o franco e radiante sorriso de uma criança” . E m Varsóvia, fundou e dirigiu um orfanato destinado a crianças judias . No início de novembro de 1940, o orfanato foi transferido para um gueto . N uma manhã de agosto de 1942, o chamado Pequeno Gueto foi cercado pelas tropas da SS. Durante a principal etapa de exterminação da população do gueto de Varsóvia, recusou proposta s para se salvar . No dia da deportação, pediu para as crianças colocarem suas melhores roupas e pegarem o seu brinquedo favorito. A companhou as crianças e, q uando estavam perto do seu destino, um soldado
Numa noite de agosto de 1883, Dom Bosco teve um iluminado sonho místico, uma visão: “Entre os paralelos 15 e 20 graus, aparecerá a Grande Civilização, a Terra Prometida .” Seria Brasília? Por sete anos, ali morei e, reencontrei o rastro do português Agostinho, visionário criador do Instituto de Letras da Universidade de Brasília. Nos idos de vinte, sentava-me debaixo da mangueira, onde Agostinho escrevia os seus poemas, que distribuía a professores e candangos. Na UnB do Darcy, conheci o Chiquinho. Dizia que o grande diferencial da sua história de vida, além do amor pelos livros, eram as amizades. Se o seu maior tesouro eram os leitores e os amigos, dele me fiz amigo. E muitas mais amizades construí com quem amava a infância. Perdoai que fale um pouco mais de mim. Deu-me vontade, porque há quem nasça longe de casa, e esse foi o meu caso. Tive berço numa pátria, no Portugal da Ditadura de Salazar. Irei morrer nos braços de uma mátria gentil. Fui peregrino da educação, até um telúrico