“Como é feito o trabalho e avaliação com Arte Dramática? Ela é trabalhada como conteúdo específico, dentro de outros conteúdos? Existem apresentações?
Foram
estabelecidos alguns momentos para que os professores de artes realizem
atividades com os alunos. Os conteúdos de artes não estão elencados e expostos
nas paredes como os das outras disciplinas.
O
projeto da Casa da Música, foi um projeto que aconteceu em parceria com outros
profissionais de fora da escola, inclusive com uma professora inglesa. Foram
duas semanas de oficinas (dramatização, figurino, cenário, sonoplastia), onde
os alunos, principalmente de tarde, participavam de atividades para a elaboração
de um espetáculo.
Penso
que a perceção do que acontece na Ponte demora algum tempo a fazer. Tentando
ajudar: Tal como em todas as outras áreas não há aulas. Os alunos planificam o
seu trabalho e decidem o que pretendem fazer. Há trabalhos que implicam um
grupo de alunos e, nesses casos (conversam, para chegar a uma conclusão.
Tenta-se
ao máximo que todas as decisões sejam tomadas por eles e que, à medida que as
necessidades inerentes ao trabalho planificado se vão trabalhando em cada
valência (Expressão e Educação Plástica, Dramática, Musical e Físico-Motora).
“Existe
avaliação para ensino das artes? Se sim, como se dá? Existe diferença de
avaliação entre elas: artes plásticas, música, arte dramática?”
Normalmente,
os colegas reúnem-se e avaliam o desenvolvimento de competências de cada aluno.
Esta avaliação parece ser muito estruturada na observação direta e na análise
do trabalho prático que os alunos efetuem.
Gostaria
de saber como é realizado o Ensino de Arte na Escola da Ponte, se existe essa
disciplina, se está no currículo obrigatório enviado pelo governo, ou se é
realizada através de projetos específicos de arte elaborados em grupo. Dê um
exemplo do que já aconteceu e de como foi avaliado.”
A
Dimensão Artística na Escola da Ponte é explorada e vivida como outra dimensão
curricular prevista no currículo nacional. Esta dimensão contempla
especificamente três valências: plástica, dramática e musical. Os Orientadores
educativos trabalham em conjunto, numa abordagem transversal das competências
que atravessam, em particular, esta dimensão e no geral todas as outras.
Privilegiamos
como metodologia uma aproximação à metodologia de trabalho de projeto, centramo-nos nas propostas das
crianças, que poderão surgir individualmente, em pequeno grupo ou em grande
grupo, tendo sempre como pano de fundo alguns princípios fundamentais, tais
como: a valorização das produções das crianças (sem o retoque final do
professor); a exploração de vivências artísticas que se pretendem
desencadeadoras de uma educação sensorial, não só através da visualização de
diferentes vídeos como também, através de contacto direto com o mundo artístico:
exposições, espetáculos e diferentes jogos plásticos, musicais e dramáticos,
que lhes permitem adquirir as ferramentas essenciais que os potenciam das
competências necessárias para a realização dos projetos que se propõem
realizar.
Os
projetos que surgem, habitualmente, podem nascer das suas planificações
individuais ou com toda escola e estão previstas no Plano de Quinzena; ou com
questões relacionadas com os problemas da escola, da vila ou do mundo (como por
exemplo: a guerra, A corrupção, assaltos, a droga, o ambiente…
Estas
preocupações são abordados de modo transdisciplinar e culminam, por vezes, em
espetáculos, exposições, debates, instalações, catálogos.
