Pular para o conteúdo principal

Pelotas, 22 de outubro de 2025

Completando o capítulo “Articulação Curricular”:

c) A dimensão do desenvolvimento naturalista;

d) A dimensão do desenvolvimento identitário;

e) A dimensão do desenvolvimento artístico.

O projeto curricular de cada aluno compreenderá não apenas as dimensões referidas no número anterior, mas ainda a dimensão tecnológica, entendida numa perspetiva eminentemente transversal e instrumental, e o domínio afetivo e emocional.

4- A equipa de cada Núcleo de Projeto integrará orientadores educativos mais vocacionados, pela sua formação e experiência profissionais, para apoiar e orientar, numa perspetiva de acrescida especialização, o percurso de aprendizagem dos alunos em cada uma das dimensões curriculares fundamentais.

5- O Regimento do Conselho de Projeto enunciará os modelos e as formas operacionais a que deverá obedecer a articulação curricular. 

Assembleia de Escola

1- Enquanto dispositivo de intervenção direta, a Assembleia de Escola é a estrutura de organização educativa que proporciona e garante a participação democrática dos alunos na tomada de decisões que respeitam à organização e funcionamento da Escola.

2- Integram a Assembleia todos os alunos da Escola.

3- Os orientadores educativos e demais profissionais de educação da Escola, bem assim como os pais/encarregados de educação, podem participar nas sessões da Assembleia, sem direito de voto.

4- A Assembleia reúne semanalmente e é dirigida por uma Mesa, eleita, anualmente, pelos alunos, nos termos do respetivo Regimento.

5- Incumbe, prioritariamente, à Assembleia:

a) Elaborar e aprovar o seu Regimento;

b) Pronunciar-se sobre todos os assuntos que os diferentes órgãos da Escola entendam submeter à sua consideração;

c) Refletir por sua própria iniciativa sobre os problemas da Escola e sugerir para eles as soluções mais adequadas;

d) Apresentar, apreciar e aprovar propostas que visem melhorar a organização e o funcionamento da Escola;

e) Aprovar o código de direitos e deveres dos alunos;

f) Eleger a Comissão de Ajuda;

g) Aprovar o mapa de responsabilidades e supervisionar o exercício das mesmas.

 Serviço de Psicologia e Orientação

1- O Serviço de Psicologia e Orientação, adiante designado por SPO, é a estrutura especializada de orientação e apoio educativos, constituída nos termos da lei. 

2- O SPO assegura, na prossecução das suas atribuições, o acompanhamento dos alunos, individualmente ou em grupo, ao longo do processo educativo, bem como o apoio ao desenvolvimento do sistema de relações interpessoais no interior da escola e entre esta e a comunidade. 

3- São atribuições do SPO: 

a) Contribuir para o desenvolvimento integral dos alunos e para a construção da sua identidade pessoal; 

b) Apoiar os alunos no seu processo de aprendizagem e de integração no sistema de relações interpessoais da comunidade escolar; 

c) Prestar apoio de natureza psicológica e psicopedagógica a alunos, professores, pais e encarregados de educação, no contexto das atividades educativas, tendo em vista o sucesso escolar, a efetiva igualdade de oportunidades e a adequação das respostas educativas; 

d) Assegurar, em colaboração com a equipa de educadores educativos da Escola e outros serviços competentes, designadamente os de educação especial, a deteção de alunos com necessidades especiais, a avaliação da sua situação e o estudo das intervenções adequadas; 

(Hesitei em fazer uma tão longa transcrição. Mas considerei necessário partilhá-la, totalmente, para a compreensão plena do modo de funcionamento da nossa escola).

Postagens mais visitadas deste blog

Barcelos, 13 de setembro de 2025

No mês de abril do ano 2000, Rubem visitou uma escola, que viria a referir nas suas palestras, até ao fim da sua vida. A Escola da Ponte havia sido a primeira a consolidar a transição entre o paradigma da instrução – o do ensino centrado no professor – para o paradigma da aprendizagem.  Na esteira da Escola Nova, o aluno era o centro do ato de aprender. E o meu amigo surpreendeu-se com o elevado grau de autonomia dos alunos, comoveu-se com os prodigiosos gestos de solidariedade e manifestações de ternura, que ali presenciou.  Pela via da emoção, me trouxe para o Brasil e para ele vai a minha gratidão, nestas poucas linhas: Querido amigo, falando de tempo – essa humana invenção de que te libertaste –, reparo que já decorreram vinte e cinco anos sobre um remoto dia de abril, em que, pela primeira vez, partilhaste o cotidiano da Escola da Ponte e me convidaste a conhecer educadores do teu país.  Desde então, a minha peregrinação pelo Brasil das escolas não cessa, como não ce...