Há precisamente vinte anos, este dia era “Domingo de Páscoa”. Se a linguagem simbólica da Ressurreição era a de podermos dar um salto para novas maneiras de pensar, recomendei aos companheiros e companheiras de velhas andanças militantes a leitura de “O Guardador de Rebanhos”. E, dentro do espírito pascal, propus que se juntasse à leitura desse poema do Caeiro uma frase de Tolstoi : “A escola deixará de ser talvez tal como nós a compreendemos, com estrados, bancos, carteiras: será talvez um teatro, uma biblioteca, um museu, uma conversa .” Dois séculos após a escrita desse texto, o meu ânimo de mudar e inovar se desvanecia. Mas, eis que uma nova geração de educadores despertou de uma letargia de séculos. Ressuscitei convicções e fui até à “terrinha”, enfrentar o desafio de repensar a Escola e a Educação. Sentia-me ínfima parte de uma fraternidade coautora de uma nova construção social. A pedra de toque de suaves mutações era a solidariedade. A evocação da história do “...