Comprei passagem e fui numa breve viagem por Portugal, “palestrar” numa conferência sobre “inovação em educação”. Em nenhum lugar encontrei inovação, apenas achei arremedos de paliativos reciclados. Mas, aproveitei a oportunidade de rever amigos: o Rui, responsável nacional da formação de professores e o Henrique, diretor de um centro de formação. Conheci o Rui, quando jovem candidato a professor. Acompanhei-o até ao seu doutoramento. Conheci o Henrique, quando ele ainda era criança, filho do um amigo, que me deu lições de coerência. Ambos alcançaram um estatuto profissional de nomeada. De algum modo, ambos “passaram” pela Ponte, mas a vida nos levou por diferentes caminhos. No Portugal desse já distante ano de 2020, a conferência parecia inserir-se em mais uma tentativa de mudança, apontava a possibilidade de surgirem práticas inovadoras. Os palestrantes dissertaram sobre a diferença entre mudança e inovação, lendo power point repletos de sofisticação do discurso de teóricos de antiga...