Fora de Portugal, há mais de 20 anos, ao meu país voltei, amiúde, a convite de educadores, pais de alunos, autarcas empresários, diretores. Por toda a parte, unia, reunia, propunha diálogo a professores renitentes ou desistentes. Só não conseguia demover dadores de aula do seu absurdo labor. Em terras do Atlântico Sul, o Mestre Pedro não desistia da denúncia das “ cortinas de fumaça, para encobrir uma política educacional incrivelmente perversa”: “Aprendizagem quase não existe, não levamos quase nada para a vida da escola e a série histórica do Ideb, desde 1995, escancara um sistema inepto, para não dizer inútil, sem perspetiva de mudança. A miséria educacional atravessa os governos, independentemente da ideologia, porque o instrucionismo é a postura padrão, hoje globalizada, também acolhida oficialmente no PISA: o sistema é tipicamente de “ensino”, instrução, baseada na aula copiada para ser copiada.” Certamente, estareis recordados de vos ter dito que, quando eu era apen...