Espero que tenhais podido apreciar o modo poético (outras vezes, bem mordaz…), como o Ademar foi desocultando “realidades invisíveis”. Aqui, vos deixo uma conclusão provisória de um texto exemplar: “Tudo o que acontece na Escola da Ponte é, antes de mais, ”educação na cidadania”. Quando as crianças pesquisam, investigam e aprendem em grupo e as “mais dotadas” se responsabilizam pelo acompanhamento e o apoio à aprendizagem das “menos dotadas”. Quando as crianças, desde a iniciação, se habituam a pedir a palavra para falar e se habituam a ouvir os outros em silêncio e com a devida atenção. Quando as crianças que julgam saber mais ou ser mais capazes se sentem coletivamente estimuladas a oferecer ajuda e quando as que julgam saber menos ou ser menos capazes não se sentem inibidas de pedir ajuda. Quando as crianças, no debate diário, partilham coletivamente as suas angústias, os seus sonhos, as suas dúvidas, as suas opiniões, as suas propostas, e o fazem, sabendo que vão ser escutadas...