Estávamos em setembro de dois mil e vinte e quatro. Mais de dois anos tinham decorrido desde o encontro na casa que Niemeyer concebera para Darcy viver os últimos dias da sua vida e na Fazenda Itaocaia. Recordo-me de, no final da palestra ali realizada, a Adriana ter dito que, “já tendo em Maricá a Casa da Maysa, a da Beth Carvalho e a do Darcy Ribeiro, só faltava a do José Pacheco”. Não me deixei lisonjear, mas aceitei o desafio. Quando assumi ser cidadão maricaense, o convite foi reforçado pela secretaria de educação, através da formalização de um “termo de referência”, no qual me era solicitada a criação de uma rede de comunidades de aprendizagem. Adquiri um terreno e o entreguei à guarda de educadores que viriam a ser coautores da primeira das redes de comunidades. Dificuldades várias provocaram um hiato de dois anos entre a assunção de um compromisso e o “Praticar Darcy”. Parecia que o poder público passava por uma crise de amnésia. Esquecera-se de que solicitara a realização...