Houve um tempo em que enviava cartas aos meus netos, nas quais lhes dava a conhecer a “espuma dos dias” de tempos sombrios (se ainda houver Instagram, podereis lê-las em jpacheco.1951). E, no fevereiro de há vinte anos, regressei às páginas de um jornal que ajudei a fundar e a que dei o nome de Entre-Margens, para nele publicar algumas dessas cartas, para retomar o comentário de velhos eventos narrados em amarrotados papéis, cd-rom, cassetes e outras eletrônicas bugigangas, guardadas no baú das velharias. Retirado o pó e as teias de aranha, aqui vos trago memórias de esquecidos fatos, pedindo que me seja perdoado escrever em “brasilês”, entre o vernáculo de dois países, resquícios de acordos ortográficos e restos de tupi-guarani. Num auspicioso final do fevereiro de há vinte anos, n o meio do cortejo de horrores em que a comunicação social se tinha transformado, eis que surge uma boa notícia: pelo Despacho n.º 2362/2025, de 20 de fevereiro , o nosso conterrâneo Luís Henrique...