Num facebook, li a notícia da realização de um seminário: “Desafios para uma educação de futuro” - um dos painéis tinha por designação: “Estratégias para salas de aula menos chatas”. Queridos netos, juro que era essa a designação do painel! Isto vos garanto por saberdes que, no tempo em que ainda se “dava aula”, elas não só eram chatas como prejudiciais. Uma geração de auleiros (talvez um neologismo criado pelo meu amigo Pedro Demo), ignorantes das ciências da educação, produzia e reproduzia males irreparáveis, em sala de aula – as escolas enfeitavam a falência do modelo instrucionista com frivolidades, inúteis paliativos e infantilizações metodológicas. Mas, por que disto vos falo, à distância de décadas? Porque, neste mês de maio de 2045, me preparo para uma breve viagem a Portugal e para, mais uma vez, visitar a Associação Agostinho da Silva, na companhia do meu amigo João. O Mestre Agostinho nos dizia que as instituições sempre se corrompem e acabam por ser inúteis. Nos i...